terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quase aborto



Sim, nasceu o filho bastardo de artistas ensandecidos por um novo modo de pensar e fazer o teatro. De tudo que o “Revoar” pode oferecer em dissipadas doses de uma energia incontrolável, o mais importante fica: a Dúvida - a mosca chata em cima da sopa, o dedo que cutuca o ombro alheio, o telefonema no último capítulo da novela, a pedra que não afunda, a água que não mata a sede - “Revoar” não subestima ninguém. “Revoar” é brasa em pés de criança. “Revoar” é o feto quase abortado, mas, como um miasma cancerígeno em ventre materno, sobreviveu para que a gestora sofresse até seus últimos dias. “Revoar” arde até não se sabe quando, “Revoar” me dói assustadoramente, mas eu o amo ilimitado.
Em breve nova temporada em 2010.


Danilo Castro
07.12.2010

3 comentários:

  1. Danilo, você é um poeta.... não daqueles que usa palavras difíceis, nem aqueles que usam metáforas inmagináveis ou porque escreve num porutugês incrível....

    você é um tipo de poeta - se é que podemos classifica-los - numa categoria maior..... você é aqueles poetas que transformam em palavra tudo que nosso sentimenos nos causa.....

    obrigado!

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  2. mesmo mesmo...
    texto lindo...
    parabéns pelo espetáculo!!!
    e q este filho dê muito orgulho
    :P

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